
* Duas reações negativas quanto à fé:
a) Frieza, que pode ser o primeiro passo para a morte da fé.
b) Crise, que pode ser uma oportunidade para um salto de maturidade de fé.
- A crise abalou a convicção de João Batista?
a) “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29b).
b) “...eu vi e tenho testificado que ele é o filho de Deus” (Jo 1.34).
1. RAZÕES DA CRISE DE FÉ
- Quando enfrentamos momentos difíceis.
- Vendo-nos presos, humilhados, derrotados.
- Parecendo abandonados, desvalorizados.
b) Quando não nos sentimos recompensados por nossa fidelidade.
- Achamo-nos injustiçados, ignorados.
- Desesperançados, sem perspectiva, desestimulados.
- Gideão: “Se o Senhor é conosco, porque tudo isso nos sobreveio?” (Jz 6.13).
c) Quando nossas expectativas não estão se realizando.
- Sentimo-nos frustrados, decepcionados, enganados, iludidos.
- Impacientes, quando os resultados não são imediatos.
- Os judeus (incluindo João Batista) tinham a ideia de que o reino do Messias seria um reino nacionalista, materialista e militarista.
- Quando será a entronização como Rei de Israel?
- João Batista manda discípulos: És tu mesmo o Messias ou esperamos outro?
- Não parece. Eu tinha uma ideia diferente.
- Quando não somos atendidos pelo Senhor, começam as dúvidas quanto à sua Palavra e ao seu amor.
2. O QUE FAZER NAS CRISES DE FÉ?
a) Buscar o Senhor e apresentar honestamente a Ele as nossas dúvidas
- João Batista dirigiu suas perguntas à pessoa certa.
- Ele sabia que só Jesus poderia dar a resposta confiável às dúvidas que assaltavam seu coração e mostrar-lhe uma nova perspectiva para sua situação nada satisfatória.
- Paulo na prisão:
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fl 4.4-7).
b) Confiar e aceitar a Sua vontade e Sua condução dos acontecimentos
- Deus sempre reserva o melhor, aqui ou além, para os que lhe são fiéis.
- Podemos clamar para que o Senhor nos livre e nos dê o que precisamos. Entretanto, devemos continuar a servi-lo ainda que Ele não nos livre.
“Eis que o nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente; e ele nos livrará da tua mão, ó rei. Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.17,18).
- Se Ele não nos atender em alguma situação é porque tem um melhor e mais sublime propósito.
- Já pensou se Deus atendesse todas as nossas orações? Sem tentação. Sem provação. Nenhum tipo de problema na vida.
- Não precisaríamos nem ir para o Céu, porque aqui já seria um lugar celestial.
- Por outro lado, não teríamos o crescimento espiritual nem a maturidade que as tribulações produzem.
c) Reajustar nossas expectativas equivocadas ao ensino correto das Escrituras e não aos ensinos dos homens.
- João Batista duvidou da identidade de Jesus, pois achava que o Messias agiria diferente, liderando uma revolução.
- A resposta de Jesus, trazida por seus discípulos, reconduziu João Batista à sua certeza inicial de que Jesus, e nenhum outro, era o Messias e seu coração aquietou-se.
- Jesus era o Messias e Senhor de acordo com a Palavra e não de acordo com nossa vontade.
- Diante dessa convicção nascida na fé, todos os outros assuntos perderam sua importância e João Batista conseguiu colocar todas as questões pessoais em segundo plano.
- Achamos que Deus deveria agir desta ou daquela maneira.
- Deus tem os seus propósitos e, às vezes, nem chegamos a conhecê-los ou entendê-los plenamente.
- As nossas expectativas e o que aguardamos está de acordo com a Palavra?
- Equívocos a respeito do reino de Cristo podem ser espiritualmente fatais. Eles fazem com que algumas pessoas rejeitem totalmente o Reino e conduzam outros a perverterem sua natureza e propósito.
- Um engano muito difundido é que o sucesso do Reino de Cristo é medido pela prosperidade material e bem-estar físico.
- É preciso aprender a submeter nossas vidas a Deus, como servos de Cristo, independente das circunstâncias.
- Vontade, pensamentos e planos de Deus costumam ser diferentes e mais sábios do que os nossos.
- O ministério de Jesus era intencionalmente simples, cumprindo Is 42.1-4.
- Ele evitava os movimentos políticos de massa, o sensacionalismo e a emoção superficial.
- O Reino é “justiça, e paz, e alegria”, e não comida nem bebida (Rm 14.17).
3. COMO O SENHOR NOS AJUDA EM NOSSAS CRISES
a) Ele esclarece sem se sentir ofendido.
- Estou cumprindo a missão e o projeto do Pai e manifestando os sinais previstos no AT:
“Fortaleçam as mãos cansadas, firmem os joelhos vacilantes; digam aos desanimados de coração: Sejam fortes, não temam! Seu Deus virá, virá com vingança; com divina retribuição virá para salvá-los. Então se abrirão os olhos dos cegos e se destaparão os ouvidos dos surdos. Então os coxos saltarão como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria” (Is 35.3-6).
“O Espírito do Soberano Senhor está sobre mim porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros” (Is 61.1).
- E tudo isso está se cumprindo em mim.
- Quando João Batista recebeu no cárcere a confirmação de que Jesus Cristo era realmente o Messias aguardado, teve condições de esperar em paz tudo que lhe pudesse acontecer, com coração consolado.
- “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26).
b) Ele dá felicidade real aos que sobrepujarem a crise.
- “E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11.6).
- “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).
c) Ele reconhece e galardoa a fidelidade dos seus.
- Jesus elogia João Batista publicamente e repreende aqueles que veem falta nesse arauto.
- João Batista é mais do que um profeta; ele é o mensageiro de Deus e precursor do Messias (Ml 3.1.4.5).
- João Batista é o maior e melhor ser humano que a Terra já conheceu.
- E todos podem ser: “Mas, aquele que é menor no Reino dos céus (for fiel, ainda que sem notoriedade) é maior do que ele” (Mt 11.11).